O Sofrer do Sertão
Lágrimas rolam no rosto da menina fransina
Que não consegue ver o horizonte
De sua família ter vida longa e prazeirosa
Que vê na chuva a sua redenção, ano após ano.
O gadinho já não existe mais
Currais vazios, os sons bovinos inexistentes
De madrugada, a ordenha e o telintar dos chocalhos
Já não se ouve mais.
Essa imensa terra de fortes guerreiros
Que se sentem imobilizados e amordaçados
Pela seca periódica... e cada vez mais, menos pessoas
Esse grande Potengi querido, que teima em não se acabar
Essas arvores retorcidas que esperam apenas um pingo d'água
Para novamente reflorescer... é vida que segue!
Autor: Lindberg Pereira
Bela poesia!
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